Mostrar a trajetória transgressora do rock’n’roll, das raízes aos tempos tecnológicos da atualidade, é a proposta do filme To My Son, do diretor de cena Guilherme Petry. O filme, desenvolvido pelo núcleo de criação da Guts and Films, com produção musical da Loop Reclame, é uma homenagem ao Dia Mundial do Rock, 13 de julho. Desde essa data, está na web. O roteiro já é provocador porque traz para o centro da narrativa a figura do Diabo falando do seu filho, o Rock. Inúmeras bandas e músicos são referenciados para celebrar a história de um movimento musical arrojado que sacudiu o mundo, foi o sonho de estrada de muita gente, mudou comportamentos e acompanha gerações.
Em menos de dois
minutos, To My Son passeia por momentos inesquecíveis, resgata
lendários personagens, mostra que o rock segue vivo e tem uma energia
eterna para seus amantes. Como o Dia do Rock não faz parte do calendário
da propaganda e buscando um produto em contraponto às datas tradicionais,
Guilherme Petry afirma que a ideia foi fazer uma ação diferente. No ano passado
já tinha desenvolvido um projeto com a SQMA Film Delivery, quando lançou
um desafio criativo para três produtoras de áudio do mercado e exibiu na
internet clipes com leituras contemporâneas da música Hey,
Hey, My, My, de Neil Young. A concepção para 2014 é bem maior, mais
impactante, com apelo mítico e o uso de simbologias.
“To My Son permitiu
total liberdade de criação. De forma mais autoral e pessoal
possível, as referências visuais a várias bandas possibilitaram
a realização de um filme de caráter internacional”, ressalta
Guilherme Petry. “Falamos da raiz do rock, de seus mitos fundadores, de
suas diferentes vertentes e apontamos sua vida hoje”, observa o diretor. “O
rock sempre vai estar vivo.”
Com o texto
narrado em inglês e legendas em português, To My Son é
costurado, do início ao fim, por uma representação do diabo - sua
imagem lembra o guitarrista Keith Richards, da mitológica banda Rolling
Stones. “Exploramos a metáfora de que o diabo é o pai do rock, por isso o
personagem fala, com orgulho, dos feitos e sucessos de seu filho,
personificando o rock em uma homenagem de pai para filho”, ilustra o
diretor. O filme, como uma boa música de rock, pode emocionar, perturbar
ou até chocar, tamanha sua irreverência e ousadia.
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